O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou pela primeira vez, de forma pública, a possibilidade de apoiar a candidatura de sua esposa, Michelle Bolsonaro (PL), à Presidência da República em 2026. Durante uma entrevista concedida à CNN nesta quinta-feira (23), Bolsonaro afirmou que “não teria problemas” em vê-la como cabeça de chapa, destacando que, nesse cenário, ele assumiria o cargo de ministro-chefe da Casa Civil.
“Vi na pesquisa do Paraná Pesquisas que ela está na margem de erro do Lula”, declarou Bolsonaro, referindo-se ao desempenho de Michelle em levantamentos recentes. Ele complementou: “Não tenho problemas, seria também um bom nome com chances de chegar [à presidência]. Obviamente, ela me colocando como ministro da Casa Civil”.
Segundo o Bahia Notícias, Bolsonaro também lembrou a viagem de Michelle Bolsonaro aos Estados Unidos durante a posse do segundo mandato de Donald Trump como presidente daquele país. Segundo ele, essa viagem, em que ela atuou como sua representante, pode fortalecer a imagem da ex-primeira-dama como uma possível candidata ao cargo mais alto do Executivo brasileiro.
Outros nomes da direita
Questionado sobre outros potenciais candidatos da direita, Bolsonaro mencionou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como um gestor competente. No entanto, ele ponderou que “quem define as eleições é o povo” e indicou que o principal desafio de Tarcísio seria expandir sua popularidade para além do estado paulista.
Sobre seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o ex-presidente destacou que ele está preparado e seria um excelente candidato, enfatizando as habilidades políticas e de articulação do parlamentar.
Bolsonaro também comentou a possibilidade do cantor sertanejo Gusttavo Lima se candidatar à presidência. Ele elogiou a ideia, mas sugeriu que o artista concorresse primeiramente ao Senado para ganhar experiência política. “Ele tem idade e popularidade, mas o resto a gente não conhece. É um excelente nome para o Senado, mas para a presidência não sei se está maduro ainda”, avaliou o ex-presidente.
